- tais como, as portas almofadadas, os contrafortes, etc., - foram depois absorvidos pela arquitetura civil do início da colonização, arquitetura assinalada pelo telhado de quatro águas em planos ligeiramente curvos, com beirais longos e protetores, bem salientes, apoiados em cornijas especiais ou em cachorros de madeira; pelas janelas de adufas quadriculadas ou em xadrez; (12) Nota do Autor pelos abalcoados; pelas varandas, galerias e pátios.
Ora, a torre arrematando em domo, diz Morales de los Rios existir nas edificações morábitas da Península Ibérica. A parede grossa, com muralhas de arrimo rasgadas de barbacãs, (13) Nota do Autor os árabes já tinham empregado em seus monumentos militares. Mouriscos também as adufas quadriculares e os balcões. Assim como os bicos em forma da asa de pombo, de influência pelo menos oriental, nos ângulos dos telhados salientes, cuja cornija Ricardo Severo associa aos frisos em estalactites das construções moçárabes luso-espanholas. (14) Nota do Autor As varandas mesmo, tão comuns nas regiões do Alentejo e da Andaluzia, essas, de igual modo, parece que não são estranhas à técnica oriental. Deviam corresponder, como lembra Debret, à loggia italiana e à galeria mourisca. (15) Nota do Autor
Os portugueses adotaram largamente o azulejo mourisco e Watson recorda que, nos princípios do século XX, ainda se fabricava essa louça, no Velho-Mundo, pelos primitivos processos arábicos. No Brasil o emprego do azulejo foi mais intenso na zona compreendida entre São Luís do Maranhão e Maceió, segundo a observação de Roy Nash. (16) Nota do Autor Gilberto Freyre acentua a conexão existente entre o uso do azulejo por parte do colono português do Brasil e a "sobrevivência daquele gosto pelo asseio, pela limpeza, pela claridade, pela água", ou a sobrevivência do "instinto ou senso de higiene tropical, tão vivo no mouro". Aliás é esse senso de higiene