Muxarabis & balcões e outros ensaios

têm janelas mas sem vidraças; em seu lugar há uns caixilhos gradeados de madeira". Estavam os caixilhos munidos, na parte superior, de duas charneiras; quando alguém queria olhar para a rua, erguia a parte inferior e, ao retirar-se da janela, o caixilho voltava "ao seu lugar por efeito do próprio peso". (21) Nota do Autor

Certas vezes, as rótulas eram também chamadas de gelosias, como se pode verificar da descrição que Auguste de Saint-Hilaire faz das casas de Paracatu (Minas Gerais). (22) Nota do Autor O reverendo R. Walsh, falando das rótulas do Rio de Janeiro, quase que se queixava: janelas que impediam o trânsito das ruas e através das quais só se viam olhos negros, - os olhos compridos e espichados das mulheres. Walsh não diz precisamente compridos e espichados, mas a ideia ressalta da frase, "dark eyes, gleaming obliquely through the aperture, one up and the other down the street". (23) Nota do Autor

As gelosias caracterizavam-se por seus abalcoados pouco salientes, recobertos completamente pela treliça e munidos de aberturas móveis do tipo das rótulas. São, frequentemente, confundidas com os muxarabis e comparadas às addafas arábicas. (24) Nota do Autor Algumas eram brancas, à moda do Alentejo; "outras matizadas de amarelo desmaiado, de vermelho chinês, de salmão ou cinza". (25) Nota do Autor Certas ilustrações da obra de Luis Edmundo, O Rio de Janeiro no tempo dos Vices-Reis, (26) Nota do Autor reproduzem dois tipos de gelosias; de igual modo as estampas do livro de José Mariano Filho, Influências muçulmanas na arquitetura tradicional brasileira (27) Nota do Autor (fig. 3), sendo que algumas das gelosias estavam reduzidas apenas ao balcão. (28) Nota do Autor As gelosias, em suma, não passavam de "rótulas- oratórios" e deviam ser comuns, na cidade de São Paulo, ainda pelos meados do século XIX. (29) Nota do Autor Ou melhor, não passavam de muxarabis esguios, magros, de ar meio

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