aristocrático. José Wasth Rodrigues, confundindo-a com o muxarabi propriamente dito, observa que a gelosia era sempre postiça, presa à sacada e aos esteios da janela. (30) Nota do Autor
Os muxarabis, afinal, eram balcões bem salientes apoiados, quase sempre, em cachorros de pedra, abrangendo dois ou três lanços contínuos de janelas. Em geral a construção estava provida, a exemplo das gelosias, de postigos movediços, semelhantes a paraventos (as tradicionais rótulas). As fasquias ou reixas formavam malhas quadriculadas ou em xadrez. Os elementos dessa trama justapunham-se, não se cruzando, uns por baixo dos outros, como na técnica da urupema (técnica do checker work, segundo a expressão de Mason).
Em determinados casos, os muxarabis ocupavam a fachada quase inteira da habitação, em cuja verga superior se vinha apoiar o prolongamento da água do telhado. Para o tipo dos muxarabis do Rio de Janeiro, de Diamantina e de Ouro Preto, devem-se examinar as ilustrações ou estampas dos citados livros de Luís Edmundo (pp. 29, 33 e 57) e de José Mariano Filho (ests. I, XII, XIII, XIV, XVII e XIX). Idem o excelente desenho de Luís Jardim, que se vê à p. 55 do Guia de Ouro Preto, de Manuel Bandeira. (31) Nota do Autor As do Documentário Arquitetônico, de José Wasth Rodrigues, (32) Nota do Autor referem-se, também, àquelas cidades, inclusive à de São Paulo.
Os muxarabis de São Paulo e do Rio de Janeiro estão destruídos; já no tempo de Debret reduziam-se apenas aos abalcoados, ou varandas, com os claros substituídos por pequenos arcos de estilo mourisco. (33) Nota do Autor Reduzidos também às suas varandas estavam os muxarabis do Recife, como se pode verificar de uma das estampas da