o capitão-comandante do mesmo arco, depois transformadas em capela.
A passagem desse elemento arquitetônico, das construções militares para as construções civis, teria sido, talvez, possível. Tal fato parece mesmo, como se depreende das informações de Violet-le-Duc, um fenômeno comum na história da arquitetura (38) Nota do Autor. Daí o motivo por que as primeiras moradias da Idade Média lembram tanto as fortificações militares. (39) Nota do Autor Em conclusão: se tais tipos de abalcoados não eram, primitivamente, construções militares, pelo menos serviram de sugestão aos legítimos muxarabis. Defendiam eles as portas e janelas dos castelos medievais, passando, depois a defender as janelas e as portas das habitações particulares. É razoável, pois, ligar o muxarabi à ideia de proteção, de amparo e de segurança.
Literalmente, a palavra muxarabi significa o sítio das bebidas, o local onde se punham as bilhas a fim de refrescar a água. Maxrab quer dizer, em árabe, "chafariz" e maxrabia significa "moringa" ou "quartinha". A origem comum é o verbo xariba, "beber". (40) Nota do Autor A sinédoque a moringa em vez de o lugar da moringa é igual ao emprego da palavra vela, em substituição à frase navio de vela. Logo, outra ideia relacionada com o muxarabi é a de conchego, a de bem-estar, a de higiene. Ou melhor, a de adaptação ao meio ambiente. Os muxarabis, no Cairo, em Medina, em Bagdad, quase que só se veem nas ruas menos espaçosas da cidade, nas casas desprovidas de pátios e jardins. O muxarabi vem suprir essas deficiências. Recebe, através das suas rótulas, a ventilação da rua. É o lugar mais fresco do lar. Nele é que se guardam as alcarrazas. Ao contrário do que pensa Pedro Calmon, a adufa não "condensava a umidade", nem "habituava à tristeza". (41) Nota do Autor Antes era, em seu