do séc. XVIII). É uma edificação assimétrica, com alguns elementos mais recentes adicionados ao corpo principal, tais como o depósito em meiágua C e o muro contíguo à praça da Liberdade, conforme pude verificar do confronto entre a planta atual e outras mais antigas. A meiágua era, outrora, um patiozinho. Interessante é a variedade dos almofadões das portas da fachada, em contraste com a porta lateral, mais modesta, da loja A (fig. nº 8). Essa falta de simetria encontra-se em toda a casa - nos alizares, nos vãos, nas vergas, nos parapeitos, no telhado, no forro à feição de pirâmide truncada. Na parede de fundo do compartimento B observa-se uma espécie de seteira; três óculos engradados dão claridade ao armazém D, que devia ter sido antigamente menor (ainda se nota um resto de divisão). O piso do rés do chão, é, atualmente, de cimento. Merece atenção o banheiro, inteiramente revestido de azulejo antigo. A irregularidade da construção ressalta melhor quando se examina o conjunto posterior, marcado pela escadaria de dois lanços, pelos pilares, pelas seteiras, pelo envasamento do muro, pelo cunhal de pedra, pelas paredes-mestras. (47) Nota do Autor
Sobe-se à sala de visitas do primeiro andar por uma escada (só um dos degraus é de pedra portuguesa) essa escada também se comunica a um dos quartos. As janelas do salão de visitas são protegidas por grossas portas de segurança, forradas de folhas de ferro galvanizado; as portas de segurança do balcão não têm batentes - as folhas encaixam umas nas outras (sistema macho e fêmea). Na cozinha, quase tão grande quanto a sala de jantar, ocupam um espaço regular o fogão e o forno de alvenaria. Se o madeiramento de algumas janelas e portas do rés do chão é de feição recente, o mesmo não sucede no primeiro andar, que ainda hoje