e disse, retirando-se: "Parece-me um pesadelo". Outros, muitos outros vultos internacionais passaram pelo modesto laboratório, cuja pobreza franciscana mais realçava o mérito invulgar do sábio que ali erguera o maior monumento à ciência brasileira.
As últimas recomendações: "As cobras, como você sabe, são muito prolíferas; apesar disso, não são assim tão numerosas, diz o Dr. Vital, e devem ter, portanto, muitos inimigos naturais. Entre estes, tenho notícia de um falconídeo - Acauã, que, segundo a crença popular da gente do norte, come cobras. Veja se consegue verificar esse fato."
Agora o João Florêncio:" 'Mande-me cobras, pois, como é do seu conhecimento, quero dedicar-me ao estudo da sistemática das cobras da América. Cuidado com as picadas. Tenha sempre à mão o soro antiofídico."
Bruno Rangel Pestana também faz um pedido: "Tudo quanto for inseto parasita, principalmente carrapatos.
O Dorival Camargo sorri bondosamente: "Cuidado com a difteria - examine primeiro a garganta das marias-bonitas."
Sobraçando um caixote de medicamentos, tomei o trolinho que me conduziria até o ponto dos bondes, e lá ficaram o mestre e seus três assistentes - os pioneiros da maior obra científica que se realizou até agora no continente americano.
Rio de Janeiro. Na velha estação da Central, esperava-me o meu conterrâneo e amigo de infância - João Silveira Mello.
- Isto é que é o Rio de Janeiro?