Caatingas e chapadões

Depois de dias e noites dormidas como Deus foi servido, avistamos Salvador. "O Brasil" ancorou perto do forte São Marcelo.(2) Nota do Autor

Ao saltar, não me preocupava distinguir a cidade baixa da alta; o que eu queria era provar o célebre "vatapá" baiano. Não que o apetite fosse lá muito grande, mas movido por uma curiosidade muito natural nos sulistas que ouvimos falar em "vatapá" sem ainda o haver degustado. A partida do vapor estava marcada para às 22h. Tínhamos muito tempo para dar um bom passeio e conhecer a capital baiana. Infelizmente não pude ir até o Senhor do Bomfim, mas visitei as principais igrejas da cidade, notáveis pelos tesouros artísticos que encerram. Conheci os bairros pitorescos, entre os quais o mais lindo é o do Farol da Barra.

Mais uma noite dormida. E ao despertar de formosa manhã, cheia de luz, avistei a terra que dera ao Brasil grandes soldados, invictos cabos de guerra - Alagoas. As águas do porto eram tão azuis e transparentes que se podiam ver os peixes nadando de um para outro lado. Ao longe, deixando a costa, as jangadas de velas brancas iam em demanda dos pesqueiros de alto-mar.

Depois de percorrer os pontos mais interessantes da bela cidade que é Maceió, fomos procurar um bom hotel para refazermos as calorias perdidas. Não sou um gourmet, mas passar por Maceió e não comer sururu, seria dar prova de mau gosto e não ter a menor curiosidade gastronômica. Comi e gostei. Foi também em Maceió que, pela primeira vez na minha vida, comi ostras, por insistência de um belga, que era químico da Comissão. Apesar do limão, traguei as ostras com

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