certa dificuldade. Talvez falta de civilização requintada. Comprei alguns artefatos de tartaruga em que são peritos os alagoanos, e me despedi da cidade e de suas lindas praias.
No dia seguinte travava conhecimento com a Veneza brasileira - a cidade que o Príncipe de Nassau levantara entre os rios Capiberibe e Beberibe.
A abundância da palmeira - coco da praia, dá uma nota alegre aos arredores da cidade e desperta o desejo de mitigar a sede com o saboroso e refrigerante líquido que o fruto contém. No restaurante Leite, à beira do Capiberibe (não é reclame) fomos almoçar meu colega Negrais e eu. Que pão delicioso! Que acepipes gostosos! Nunca mais comi lagosta tão saborosa! Foi um regalo! E, se não fosse irreverência, diria que comemos como bons frades. Alegres, contentes, víamos tudo com uma esfumatura cor de rosa, não sei se por efeito da lagosta ou da cerveja "Vita". Tomamos um bonde e fomos a Olinda. Cidade interessante, relicário de coisas antigas, páginas vetustas da história pátria, por toda a parte encontramos motivos pitorescos, dignos de pincel de mestre. Praias formosas, emolduradas por verdes cocais que dão uma nota característica à paisagem.
O coco (Cocos nucifera L.) que da Bahia para o sul é conhecido pela denominação popular de coco da Bahia, no norte, de Pernambuco para cima, o povo o conhece pela de coco da praia. A meu ver esta última denominação tem maior propriedade porque designa uma qualidade importante da palmeira em apreço, que é justamente a de indicar o seu hábitat predileto onde ela se desenvolve perfeitamente; além disso, talvez nem todos o saibam, o nosso coco da Bahia é planta exótica, como tantas outras que já tomaram ares caboclos.