Resolveu o marquês ir a Londres, e ao Imperador explicou os motivos.
A Áustria, Metternich, portanto, era o principal motor dos planos de usurpação: se D. Maria da Gloria fosse para Viena, realizariam seus adversários a última e única cousa que lhes faltava: possuir a rainha. Em época própria a forçariam a abdicar em favor de D. Miguel; e então ou casaria com ele, ou, caso casasse, como se dizia, com uma princesa bávara, ela receberia uma pensão vitalícia.
Era óbvio que não deveria ir para a Áustria, ante os receios alimentados pelo marquês de Rezende e por Itabayana, mas, como Viena retirara seu ministro de Lisboa, não se podia acusá-la ostensiva e publicamente.
Para evitar compromissos, cumpria salvar as aparências. Sendo indiferente ir à Áustria atravessando a Itália, ou passando pela Inglaterra e pela França, melhor seria tomar este último caminho, percorrendo os Estados de soberanos que, por tratados e por honra, estavam comprometidos