O Marquês de Barbacena

Mesmo fora da penumbra das secretarias de Estado, bastante havia filtrado para que Portugal se sentisse desamparado, e pouco de mais, para que o Brasil pudesse considerar sua tese como vencedora. Ambiguidade e intranquilidade reinavam em uma ambiência de proteção aos novos processos de escambo das nações comerciantes. Os monopólios de navegação com determinados países não mais poderiam sustentar-se, e a organização política do mundo partilhado entre colônias clientes e metropóles abastecedoras tinham de generalizar-se por outros produtores e mesmo por terras e indústrias em que o tráfego de trânsito iria começar a aparecer.

E era nesses conceitos que tinham caído, atordoadores e destrutivos, os terríveis golpes das desilusões austríaca e inglesa. E o pior é que Portugal, completamente alheio a noções de economia, só alcançava o ponto de vista do proprietário rude. Via a nova tendência, e não a compreendia. Além disso, não enxergava