que eram dotados nas "bandeiras", cujo sentido e rumos foram diversos dos das "entradas".
As bandeiras formadas por iniciativas particulares, sem a fiscalização metropolitana das "entradas" tiveram maior impulso e liberdade de movimento, um quid de ideal que as levou à Cordilheira dos Andes, ao Rio-Mar e aos pampas argentinos. Os elementos que as compunham desprezavam os vagabundos funcionários governamentais.
Combatiam os jesuítas que escravizavam as "peças da terra" e repudiavam os favores da Coroa de Portugal.
Mas, o impulso desbravador, o desprezo pelos "caranguejos da costa" que arrojaram os paulistas para o sertão foram submetidos a duras provas geográficas. Os obstáculos foram enormes, porque os rios que os norteavam muitas vezes não lhes davam passagem devido à pedraria. Tiveram que procurar os colos, as gargantas territoriais para que não interrompessem as caminhadas.
As condições naturais de navegabilidade dos rios brasileiros
A expansão geográfica do Brasil muito deve aos rios, por serem extensos em milhares de quilômetros.
Mas, não foi com docilidade que eles se prestaram à função colonizadora. Frequentemente, os pioneiros esbarravam com pedrais e corredeiras. Tinham, então, que por às costas os barcos em que navegavam, carregando-os pelas margens até novo trecho, livre de obstáculos, por onde prosseguiam a viagem fluvial.