b) convivência entre brancos, negros e mulatos nos bairros, clubes (bailes), cinemas, vizinhanças e família;
c) relatos de situações através de entrevistas com membros dos diversos grupos raciais;
II - a) atitudes e opiniões reveladas em entrevistas;
b) atitudes e opiniões reveladas por meio do questionário.
Evidentemente, esses dados permitiriam diversos ângulos de análise. Procedemos, entretanto, a uma discussão estritamente sociológica. Não deixamos de levar em conta, todavia, que, como fatos sociais, eles se encontram em níveis diversos de convencionalização. Conforme procuraremos mostrar, enquanto uns encontram-se elaborados plenamente, outros acham-se ainda em emergência.
Neste trabalho, consideraremos as relações entre negros e brancos tanto a partir da perspectiva destes como daqueles. A investigação, tendo sido orientada no sentido de apreender o preconceito como produto social, procurou focalizá-lo dinamicamente, a partir da posição de cada um dos grupos no cosmo social.
O material empírico disponível não apresenta, contudo, o equilíbrio desejável no que diz respeito ao conhecimento dos comportamentos e atitudes de uns e outros. Não dispomos de documentação empiricamente variada e consistente. Algumas vezes os dados sobre um mesmo aspecto da realidade são desiguais, sendo mais completos ora sobre os "indivíduos de cor", ora sobre os brancos, como se verá. Aí está uma dificuldade insuperável para a análise exaustiva do fenômeno investigado. Ela não pode, contudo, ser transposta por dois motivos: primeiro, por causa da distribuição desigual dos negros e mulatos pelas diversas camadas sociais, o que significa distribuição diversa, conforme os círculos de convivência