social; segundo, porque os limites impostos pelas condições materiais da pesquisa não nos possibilitaram contato íntimo e prolongado com os dois grupos. A documentação se ressente disso. A investigação realizada, contudo, permitiu-nos reunir material empírico suficiente para o conhecimento dos aspectos mais relevantes do fenômeno.
Quanto ao material utilizado para a análise dos padrões de contato no passado e para a caracterização das principais fases do desenvolvimento da estrutura econômica e social de Desterro e da Ilha, até o presente, baseamo-nos em:
I - Fontes escritas:
1. PRIMÁRIAS: a) jornais; b) documentos oficiais da Câmara e da Presidência da Província (correspondência, atas da sessões, etc.); c) relatórios e falas dos Presidentes da Província; d) levantamentos estatísticos e censos demográficos; e) relatos de viajantes e cronistas.
2. SECUNDÁRIAS: a) monografias de historiadores, geógrafos, economistas, etc.
II - Outras fontes:
1. Questionários e observação direta (para a caracterização da estrutura socioeconômica do presente).
2. Entrevistas.
Os dados assim obtidos são, entretanto, desiguais, como se verá nos capítulos da primeira parte. Se para a caracterização de alguns momentos da evolução do sistema ocupacional, da estrutura social ou do sistema de acomodação inter-racial vigentes em Desterro houve material empírico suficiente e consistente, para outras não foi possível a mesma homogeneidade. Além disso, como já dissemos, nossa preocupação nesse trabalho foi antes a de explicar certos processos sociais que nos