Um jornalista do Império

"Ainda ontem, Niterói, teu céu brilhante

Feriu meus olhos pela vez primeira."

Seu filho, o terceiro Firmino, informa, entretanto, ter ele nascido "na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em uma casa da Rua Sete de Setembro, outrora Rua do Cano".(3) Nota do Autor Viera ao mundo em condições tão precárias de saúde, que foi batizado às pressas, em perigo de vida. Sua mãe, D. Ana Joaquina, dadas as condições do parto, sofreu pelo resto da vida as consequências de grave lesão cardíaca.

De temperamento poético, poderosos eram para ele os atrativos da cidade de São Paulo, o convívio com os moços estudantes, a vida acadêmica intensa. Durante o tempo em que cursou as aulas, entre outros foram seus companheiros Augusto Queiroga, Inácio Silveira da Mota, José Maria do Amaral, Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos, João da Silva Carrão, José Ricardo de Sá Rêgo, Luís Pedreira do Couto Ferraz, Francisco Bernardino Ribeiro e Justiniano José da Rocha.

O curso jurídico na escola não ocupava muito o tempo dos estudantes. A grande atividade da mocidade era a política, e principalmente a poesia. Firmino, entretanto, "foi contado entre os acadêmicos mais distintos; aos dotes de inteligência vigorosa e brilhante, e de imaginação viva, sabia ajuntar o patente auxílio de aturada aplicação; mas, senhor esclarecido das lições de seu curso, estudava com amor a literatura nos melhores prosadores e poetas das línguas de Bernardes, de Racine, de Byron e de Dante". É a informação de Joaquim Manuel de Macedo, que ainda acrescenta: "Tinha

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