"A lei da regência, feita sob a influência imediata da revolução, assaz explica a maneira por que a Nação, simbolizada pela Câmara dos Deputados, queria entender o Poder Executivo; entretanto o Poder Executivo reage, quer livrar-se das disposições dessa lei, ditada pela desconfiança; pretende sujeitar a Câmara a seu alvedrio, e exige que este ramo do poder se curve às suas vontades."(22) Nota do Autor
Denúncia velada de aspiração à ditadura. A agitação ganha o público. Rumores fazem recear motins, movimentos armados. Torna-se precária a situação de Feijó. Não querendo, por índole, transigir, nomeia Araújo Lima Ministro do Império a 18 de setembro de 1837. No dia seguinte passa-lhe a Regência, enviando a renúncia às duas Casas Legislativas. Prefere retirar-se a vergar. A administração caíra, sustentava o Cronista, "não aos golpes do Poder Legislativo, mas sim à eloquência dos oradores da oposição, e à vigilância do seu jornalismo".(23) Nota do Autor
Organizado o novo Gabinete, declara o jornal terem os ministros, quando deputados, merecido suas simpatias pela atuação na luta. Cumprissem as promessas feitas. Passasse o Governo a ser "de algum circulozinho de amigos e afilhados, de protegidos e protetores e não Governo dos brasileiros", faria decidida oposição. Advertia-os: "Não mudeis que não mudaremos." (24) Nota do Autor
Em outubro Justiniano; na direção do Correio Oficial, deixa a redação do Cronista. O emprego, com ordenado anual de três contos e seiscentos mil-réis, provoca injúrias. "Traz o seu preço na testa, valor por que foi comprado", esbraseava legenda de caricatura