"Redigido com eloquência e mestria, disputando primazia ao Jornal de Debates", dele dizia Joaquim Manuel de Macedo. (29) Nota do Autor E os outros? Continuavam a velha tradição da descompostura rasgada, comprazendo-se nos ascos do calão. A notícia de só ter entrada no Paço o jornal de Vasconcelos, Ministro da Justiça, opunha o próprio Sete de Abril desmentido peremptório: "Que interesse tem a educação do jovem Príncipe na leitura de periódicos? Em que casa de educação é permitida a leitura de periódicos à mocidade inexperta e destituída do necessário critério?"(30) Nota do Autor As folhas não eram flor de se cheirar.
Veja-se o tópico do Filho do Sete de Abril, criado para enfrentar a gazeta designada como de frei Bernardo, a propósito dos bacharéis de Olinda e São Paulo: "Meteram-se alguns no jornalismo Mas, pergunta-se, têm eles adquirido crédito de homens de letras, ou ao menos brilha nos seus escritos alguma centelha de talento? Fala-se, é verdade, no Cronista, fala-se no Jornal de Debates: mas ninguém citou ainda uma lembrança, uma ideia feliz desses moços, que a tudo aspiram, tudo querem devorar; apenas se distinguem pela baixeza com que cortejam um Gabinete governado pelo homem mais corrompido, e mais perverso de que temos notícia; por um ministro acusado à face do Brasil de vergonhosas ladroeiras, e que não cuidou de justificar-se. E como querem esses moços salvar-se da suspeita de vendidos ao poder, se eles se aviltam ao ponto de tomar calorosamente a defesa de um ministro, por excelência corrompido e corruto? Tal o jovem do Jornal de Debates, tais os jovens do Cronista."(31) Nota do Autor