Um jornalista do Império

em letras enormes, no alto da primeira página, com destaque. Nenhum dos candidatos enviou respostas. Foram das primeiras tentativas de entrevista feitas por jornal brasileiro, mediante apresentação de questionário. Coube-lhe, ainda, a primazia da publicação de folhetins, em rodapé, à moda dos jornais franceses. Muito tempo depois é que seria imitado pelo Jornal do Comércio.

A partir de meados de 1838, Firmino faz, sem reservas, a defesa do Gabinete. Acusado o Governo de querer restaurar no Brasil o absolutismo, o feudalismo, as usanças do reinado de D. João VI - enfim, o que se chamava o regresso, invenção de frei Bernardo, rebate: "A oposição anda ansiosa em busca de um princípio que legitime seu procedimento, ela hasteou os estandartes, mas falta-lhe a inscrição, falta-lhe a divisa que ela não acha em parte alguma. A divisa do regresso já foi desprezada, ora é de novo erguida do esquecimento desprezível em que jazera, e de novo proclamada para dar interesse e unidade à massa informe dos oposicionistas ! Engano notável! O público sabe distinguir os fatos do vazio das expressões, e a felicíssima ideia de combater o que só existe em nossa imaginação não pode acarretar prosélitos, nem tampouco personificar-se em um partido e dominar a sociedade."(34) Nota do Autor

Defendendo-se, ataca. Relembra o absolutismo do Governo de Feijó. Os que agora clamavam contra o regresso, esqueciam-se que o poder de então "não queria sofrer as liberdades públicas; a liberdade da imprensa, ele a ofendia com processos multiplicados, atropelando todas as normas de direito, e por fim lançando esse famoso Decreto de 18 de março, primeiro

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