distintos oradores oposicionistas, encapotados com diáfano manto do anônimo."(47) Nota do Autor
Deu-se o inevitável. O Imperador, sondado, responde com o célebre quero já. Antônio Carlos, na Câmara, apresenta projeto, declarando D. Pedro II "maior desde já". Em atmosfera tensa, quando se discutia o projeto, estoura no recinto a notícia da nomeação de Bernardo Pereira de Vasconcelos para Ministro do Império. O regente, em ofício, comunica o adiamento da Assembleia Geral. Gritos, protestos, tumultos. Ouve-se a palavra "traição". Homem de se temer, o Vasconcelos. Inspiração sua, o adiamento esfriaria a febre maiorista e abortaria o movimento. Antônio Carlos percebe a traça raposeira e frustra-a. Com a experiência dos tumultos parlamentares, sabendo provocá-los e dirigi-los, incita os deputados a seguirem para o Senado. Deputados e senadores declaram-se em sessão permanente. Considera-se o ato do adiamento inexistente. Uma comissão vai ao Paço. Recebida pelo monarca, pede-lhe assumir o exercício das funções. O Imperador aquiesce. No dia 23 de julho presta juramento. Estava violada a Constituição. Mas com o consenso do povo.
Com elegância, reconhece o Brasil a dirimente. Recapitula as razões por que se batera e adverte: - "Mas enfim tudo está passado, tudo concluído; agora só nos resta aceitar o fato consumado, respeitá-lo, fazer votos aos céus para que suas consequências sejam prósperas, para que desfaçam-se todos os receios e que não aprendam os ambiciosos o meio tão comezinho de calcar a lei e a Constituição."(48) Nota do Autor