ausente. No dia 25 de junho, Alexandre e Napoleão realizaram o seu primeiro encontro e, no dia 7 do mês seguinte, era assinado o tratado de Tilsit.
"No campo da luta, os exércitos russos haviam sido batidos pela habilidade militar do comando francês", escreveu o professor W. Alison Phillips(2), Nota do Autor "mas, durante a conferência, o impressionável espírito do autocrata russo tornara-se presa da ampla imaginação política e do gênio polimorfo de Napoleão".
Efetivamente, o imperador dos franceses não teve dificuldade em atrair para a sua causa o esquivo e enigmático déspota. As bases da conferência haviam sido a necessidade e a urgência de uma aliança da França e da Rússia, contra a Grã-Bretanha. Unidas, as duas nações poderiam governar o mundo, mas a sua separação iria servir, apenas, aos objetivos egoísticos da mercantil Inglaterra. E Napoleão deslumbrou os olhos de Alexandre com a visão dos Impérios do Oriente e do Ocidente restaurados e regulando o equilíbrio dos poderes mundiais. Para resistir, diretamente, à Grã-Bretanha, o Império do Ocidente havia sido reestruturado pela sua espada e já estava consolidado, de forma duradoura, em sua própria pessoa. Quanto à Rússia, seria fácil derrubar o vacilante arcabouço do poder otomano e reerigir, às margens do Bósforo, o Império Ortodoxo do Oriente.
Aquela tarefa gigantesca — divisão do universo em duas partes distintas, mas aliadas, com a instituição de dois superestados conjugados, em torno dos quais gravitassem as demais nações, submetidas à obediência e passíveis de serem aglutinadas a critério da bipartida ambição imperialista — só poderia ser realizada, entretanto, após a ruína ou a invasão das Ilhas Britânicas. Ruína econômica, em consequência do colapso do seu comércio, ou