identificá-lo como sendo a própria encarnação ou, melhor, o transunto daquele indomável espírito de resistência, revelado, na época, pela Grã-Bretanha. A Convenção, refletindo a consciência política, dominante na França, já havia estabelecido um preço pela sua cabeça, quando, num dos seus acessos de demagogia nacionalista, por um decreto proclamara: "Le monstre Pitt, l'ennemi du genre humain"(3). Nota do Autor Pitt, por outro lado, havia se tornado o alvo preferido da antipatia pessoal do próprio Primeiro Cônsul.
Na realização do projeto que tinha em mente de obter uma honrosa cessação das hostilidades, por duas vezes, tentara uma aproximação com a França, mas em ambas fora repelido, com arrogância. Por ocasião das negociações de paz, tanto em Paris como em Lille, as exigências francesas foram num crescendo, tornando inexequível qualquer acordo entre as partes. Na conferência de Paris, as discussões giraram, de preferência, em torno da evacuação dos Países Baixos pelos exércitos da França e a restituição de todas as conquistas, feitas pela Grã-Bretanha, durante a guerra. A morte de Catarina II, da Rússia, que odiava a França, e a elevação ao trono do Czar Paulo, que passou a adotar uma política de neutralidade, desequilibraram, porém, o jogo dos poderes na Europa e proporcionaram à França a oportunidade, que ela desejava, para recusar as propostas da Inglaterra.
Na segunda conferência, realizada em Lille, o governo francês já refletindo a presença e a predominância do gênio de Bonaparte nos destinos da nação, exigiu que as discussões sobre a paz tivessem por base a restituição, pela Grã-Bretanha, de todas as conquistas levadas a efeito contra a França e os seus aliados, sem