qualquer referência à possibilidade de evacuação dos Países Baixos, pelos exércitos franceses.
Diante do repetido insucesso das tentativas de paz, até então empreendidas, Pitt julgou que seu afastamento do governo tornara-se, portanto, inadiável. A razão real da sua renúncia, entretanto, não poderia e não deveria chegar ao conhecimento dos franceses, sem um prejuízo irreparável para o prestígio do Gabinete, tanto no terreno político, como militar. Surgindo, pois, a questão da emancipação dos católicos, agarrou-se a ela, de unhas e dentes, como uma oportunidade providencial e única. Demitiu-se, quando mais necessária se fazia sua presença na chefia do governo. Exonerou-se, sobrepondo ao futuro e ao êxito da sua carreira política, a honra e a dignidade da Inglaterra.
Assim como fora previsto, e apesar dos desabridos ataques da facção nacionalista extremada que era favorável à continuação da guerra, o Gabinete Addington — que sucedeu ao de Pitt — logo no ano seguinte após a sua instalação, obteve o que era ardentemente desejado pela opinião pública da Inglaterra, isto é, um acordo com a França. Em março de 1802, era assinado o tratado de Amiens que Sheridan definiu como sendo "uma paz com a qual todos estavam satisfeitos, mas da qual ninguém poderia se orgulhar"(4). Nota do Autor De qualquer forma, porém, bom ou mau, o tratado representou uma suspensão de hostilidades, significou uma pausa no estrênuo esforço da guerra, permitiu à nação um período de tranquilidade para respirar e se refazer.
O tratado de Amiens, porém, foi de curta duração e "não passou de uma trégua"(5). Nota do Autor No dia 18 de maio do ano seguinte, renovaram-se as hostilidades e, com o