Há uma outra forma de espetáculo: o Wayang-Beber, cenas pintadas em papéis colados uns aos outros e que vão passando aos olhos dos espectadores à medida que a história é narrada. É o ancestral mais remoto do desenho animado.
Há também o Wayang Kelitik, "constituído por um corpo em madeira recortada, maravilhosamente decorado e muito chato, esculpido em medalha, com braços de couro, semelhante ao Wayang Poerwa. Aqui, a marionete não aparece mais em sombra, é inteiramente visível a todos os espectadores, como para o Wayang-Golek que é uma verdadeira marionete esculpida, com seus braços em madeira e um corpo vestido com fazendas".
Sofrendo a influência hindu, o teatro de bonecos javanês é, por consequência, de base religiosa. As histórias se relacionam quase sempre ao Mahabarata e ao Ramaiana. Vichnu apresenta-se sob o nome de Krisna. É o conselheiro dos Pendawas que acabam de entrar em guerra com os cinco filhos de Pandu contra seus cem primos, os Kurus. Krisna leva para a luta o guerreiro esplêndido e amado por todos, Arjuana, que conduz seu exército à vitória. Após uma luta heroica, restam apenas seis Pendawas vitoriosos e Krisna. Quanto aos Kurus restam apenas quatro. Pouco tempo depois o deus morre, também, de um acidente de caça.
Os tipos são divididos em duas categorias: o aristocrático e o grosseiro. Arjuana, o cavaleiro sem mancha e sem mácula, pertence ao primeiro grupo. E ao seu lado estão os Pendawas, Abijasa, Drestarastra e Pandoe, todos arianos puros. No segundo grupo estão os Korvas e os Reksasas: Rawana, Kolojekso, Doersosona, de dentes enormes e faces terríveis.
Ao lado dos Pendawas estão os servos mais curiosos, personagens grotescos, de origem antiga e nobre. São eles: Semar, que possui uma barriga enorme, um traseiro igual à barriga, cabeça pontuda, nariz pequeno, a devoção em pessoa; Petroek, nariz grosso e atitude insolente; Nala Gareng, malicioso e pobre, Bagong, um bruto, e Zogok, uma verdadeira besta, opõem-se aos Pendawas, secundados por Sorowito, tão ruim quanto eles.