às outras que vieram ao seu encontro. E este do santo local, do São João Maria, é justamente um deles.
Se bem que, inegavelmente, a sua instrução religiosa tenha melhorado e se verifique uma assistência sacerdotal mais eficiente - não conseguiram os ministros retirar do seu hagiológio o intruso monge, que continua figurando nos oratórios familiares e nas grutas, ao lado das imagens dos Santos da Igreja. O sertanejo mais simplório ainda solicita do sacerdote que "benza" os retratos de João Maria para tê-los como registros santificados, bentos, reconhecidos, assim, aptos à sua veneração, embora a recusa seja absoluta.
A estampa do Monge, a sua gravura - um homem barbado, sentado, com as mãos cruzadas ante os joelhos, de boné de pele à cabeça, o olhar perdido - recebe a mesma devoção, apesar daquela recusa, que o sertanejo reparte com os demais santos da sua especial predileção. Talvez seja ele, mesmo, o preferido. E a razão está em que ele não é um santo de fora, mas um santo que viveu ali, junto com a sua gente, que conheceu os seus pais, que conversou com os seus avós.
E, santo de casa, é ali o santo que faz os milagres. Pelo menos o de manter viva a fé no coração dos seus crentes.
Mas as autoridades civis ou militares, como as eclesiásticas, tranquilamente encaram o fato, sem temer o perigo de uma nova sublevação, de uma nova luta, de um novo derramamento de sangue. Ora, se isto acontece, evidentemente, devemos reconhecer que outros foram os fatores que, em dado momento, contribuíram para que entrasse em ebulição a gente do planalto, disposta à luta e ao sacrifício.
Está visto que não poderemos negar totalmente ao fator religioso uma certa participação no preparo do ambiente, na eclosão da luta e, mesmo, em determinado