partia, por assim dizer, para as surpresas do desconhecido - mas para a conservação do semidescoberto.
Gonneville, ao que se diz, em 1504; João Dias de Solís, em 1515; Cristóvão Jaques, Sebastião Caboto, Pedro de Mendoza, Alonso Cabrera, Cabeza de Vacca, Salazar y Espinoza a seguir, já haviam incursionado pela costa catarinense. E Martim Afonso de Sousa, o donatário de São Vicente, em 1532, explorou-a em certos pontos, tendo mesmo perdido nela um dos seus bergantins.
Só no século XVII, no entanto, registra-se a primeira fundação estável em terras de Santa Catarina.
Herdeiro de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso, e primeiro donatário da Capitania de Santo Amaro e Sant' Ana, na segunda metade do referido século, o Marquês de Cascais passou procuração a Manoel Lourenço de Andrade para que instalasse um estabelecimento em São Francisco. Parece não ter sido, entretanto, a primeira tentativa neste sentido, pois a Antônio Fernandes o mesmo donatário já fizera, em 1642, uma concessão idêntica, para povoar a mesma região, "onde já havia uma capela de Nossa Senhora da Graça",(1) Nota do Autor empreendimento que certamente fracassara ou não fora levado a cabo.
Manoel Lourenço de Andrade, em 1658, acompanhado de vicentistas e portugueses, instalou-se nas margens do Rio Parati, mudando, em seguida, a povoação por duas vezes, atendendo às conveniências do momento, até fixá-la no local onde hoje se encontra a cidade de São Francisco do Sul.
Distribuiu o Procurador do Marquês terras entre os seus acompanhantes, procurou desenvolver a agricultura e cuidou de incentivar a pesquisa de minérios exploráveis.
Em 1660, a povoação foi elevada aos foros de Vila, recaindo na pessoa do fundador a nomeação para seu