João Maria: interpretação da Campanha do Contestado

Ilha de Santa Catarina. Dos seus e dos trabalhos da sua gente falam em favor as suas pretensões: - em 1678, solicitava do Governador da Capitania duas léguas em quadro na Ilha, "onde já tinha igreja de Nossa Senhora do Desterro"; mais meia légua, também em quadro na Lagoa, "onde já possuía cultura"; mais duas em terra firme, defronte a Ilha, "onde igualmente já possuía uma feitoria"; e, finalmente, mais duas em Araçatuba, ao sul, concessões que lhe foram outorgadas em consideração aos serviços prestados no povoamento da dita Ilha.(3) Nota do Autor

Nela morreu, em 1689, trucidado por piratas que, um ano antes, haviam sido por ele aprisionados, a quem havia confiscado os bens e aos quais pouco depois, em São Vicente, se concedeu liberdade.

Já então, por esse tempo, outra fundação existia mais ao sul, também de origem vicentista, a de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, a terceira e última daquele século em território catarinense.

Lançou os alicerces desta última o bandeirante Domingos de Brito Peixoto, em 1676, segundo documento que seu filho e continuador, Francisco de Brito Peixoto, relatando as peripécias da fundação, solicitou do Rei as graças que aos pioneiros se concediam. De acordo com uma carta escrita em 1714 por Francisco, pedindo favores de sesmarias ao Rei, em 1776, seu pai Domingos, seu irmão Sebastião de Brito Guerra e o requerente, então moradores de Santos, "sendo das principais e mais abastadas famílias de todas aquelas vilas do sul", saíram com 50 escravos e dez homens brancos, levando armas e ferramentas, o que lhes ocasionou grande despesa, "a descobrir terras que não fossem de pessoa alguma habitada". O mesmo Francisco informava que uma fração dessa bandeira fora enviada por mar, que no Porto dos Patos deveria

João Maria: interpretação da Campanha do Contestado - Página 56 - Thumb Visualização
Formato
Texto