João Maria: interpretação da Campanha do Contestado

dava conhecimento à Assembleia Provincial das descobertas e posse dos campos ao Sul do Iguaçu, onde aliás já havia uma Companhia de Municipais Permanentes, criada pela Lei Provincial de 16 de maio de 1837, mas que só chegou ali em 1840, tropa essa que visava proteger dos ataques dos silvícolas as 37 fazendas que se haviam estabelecido nos ditos campos e mais cinco criadas no Campo Erê.

Quando o Presidente da Província de Santa Catarina, Brigadeiro Antero José Ferreira de Brito, depois Barão do Tramandaí, tomou conhecimento dos termos do Relatório do Brigadeiro Tobias, imediatamente protestou, fazendo sentir que o território à esquerda do Iguaçu, até o Santo Antônio, nele incluídos os campos denominados Novos, já povoados, e as vastas campinas denominadas das Palmas, faziam parte de Santa Catarina. No seu protesto, o Brigadeiro Antero deixava claro que, estando pessoalmente em Lajes, em 1839, já tivera conhecimento detalhado dos Campos de Palmas, próximos e contíguos aos Campos Novos, já povoados naquele tempo.

Não se entenderam, em torno destas reivindicações, os Presidentes de São Paulo e de Santa Catarina, anuindo, entretanto, entregar a questão ao veredito do Legislativo, estabelecendo então um statu-quo. Apesar deste, Tobias encarregou o Alferes Francisco da Rocha Loures de explorar o caminho de Palmas ao Rio Uruguai, enquanto os estancieiros de Palmas estendiam os seus domínios.

Dois anos depois, o deputado paulista Carneiro de Campos (depois Visconde de Caravelas) apresentou à Câmara um projeto, elevando a Comarca de Curitiba, então a 5ª de São Paulo, à categoria de Província.

O projeto em apreço sofreu demorada tramitação, pela oponência que os próprios companheiros de bancada do seu autor contra ele levantaram - e só dez anos mais tarde viria a tornar-se lei,

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