Em matéria de fecundidade também o índio não deveria ter tido um índice elevado, com o que a família natural indígena não seria muito volumosa. Desconhecendo de modo absoluto a domesticação de animais e de modo bem relativo a agricultura, o índio não tinha o sentimento de previdência nem o de economia. Era nômade caçador, pescador ou extrator, de modo que não pensava em acumular alimento, para quando não o tivesse. Ora, como o aumento da população, ensina-nos a demografia, está sempre na razão direta da alimentação, temos que a população indígena era pequena, dispersa pelo nomadismo e rala porque, vivendo da caça, de pesca ou da extração, só em grande área poderia alimentar-se, pois a caça, a pesca e o que a natureza oferece para ser extraído pelo homem, não são cousas muito densas, que possam alimentar grande número de pessoas por alqueire de terra.
Sob o ponto de vista de civilização e de selvageria acredito que os habitantes do planalto seriam idênticos aos mais indígenas. Estariam no mesmo estágio de bruteza, mais endurecida pelo meio agreste rudíssimo em que viviam; eram os mesmos costumes, os mesmos ritos, os mesmos hábitos, o mesmo modo rústico de tratar com os europeus, etc.