Capítulos da história social de São Paulo

CAPÍTULO II

PORTUGAL DOS BORGONHA, DOS AVIZ E DOS BRAGANÇA


Em 1140 teve início a monarquia portuguesa, destacada do reino de Castela, Leão e Galiza, com Afonso Henriques de Borgonha, filho do conde Henrique de Borgonha, que se havia casado com D. Teresa, filha de Afonso VI de Castela, Leão e Galiza. Depois de derrotar as tropas de D. Teresa na batalha de São Mamede (1128), Afono Henriques venceu os muçulmanos na batalha de Ourique (1139), após o que transformou o velho condado portucalense no reino das quinas, que a partir de então iria brilhar no céu da cristandade.

Ao cabo de nove monarcas a dinastia extinguiu-se, quando a filha de D. Fernando, o Formoso, e de D. Leonor Teles, a infanta D. Beatriz, se casou com o rei de Castela. Este, julgando-se com direito sobre Portugal e tendo a seu favor a aristocracia portuguesa, invadiu Portugal mas foi batido pelo Mestre de Aviz, que se pusera à frente do povo, na famosa batalha de Aljubarrota (1385).

A velha aristocracia portuguesa, que havia conquistado os seus lauréis e a sua fidalguia graças à seleção do esforço, da bravura, da temeridade, do valor nos fossados, nos prélios etc., lutas à arma branca em que predominava o músculo, pendia para os castelhanos.

O povo, porém, e a burguesia, da qual sairiam os ricos mercadores do Oriente e os navegadores renomados bem como os conquistadores famosos dentre os quais iriam ser recrutados os da nova aristocracia que se constituía, formava ao lado do Mestre de Aviz, o soberbo vulto patrício que, graças ao seu valor no prélio de maravilhosa memória, impediu que a união hispânica fosse realizada para

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