D. Pedro II reinou até 1706. Foi durante o seu reinado que o Brasil teve a fortuna de desvendar o mistério de seu subsolo. Foi também durante o governo desse monarca que Portugal assinou o famoso tratado de Methuen de tantas consequências não só para o Brasil e Portugal como para a civilização em geral.
Os tesouros auríferos brasileiros produziram cerca de 170 milhões de £ £. segundo calculam os especialistas (Roberto Simonsen, loc. cit.). Desse total a Inglaterra beneficiou-se com cerca de cem milhões. Creio que não exagero em pensar que 60% do total do ouro minerado no Brasil tenha ido para a Inglaterra.
Graças a isto, puderam os ingleses mecanizar a sua indústria com invenções várias, tais como a máquina a vapor, a fiação e a tecelagem, o coque metalúrgico e outras cousas mais que vieram aperfeiçoar e baratear a produção.
A seguir ao falecimento de D. Pedro II subiu ao trono D. João V, seu filho, o "Fidelíssimo", título adquirido em Roma por intermédio de Alexandre de Gusmão, o grande estadista paulista que serviu a governação de D. João V.
Antes de falecer D. João V, em 1750, graças ao mesmo Alexandre de Gusmão celebrou-se o tratado de Madrid, pelo qual ficaram consolidadas as fronteiras brasileiras com o recuo da linha tordesilhana, de acordo com a expansão bandeirante, concretizando-se o uti possidetis, princípio que fez triplicar a área territorial brasileira levando-a até aos contrafortes andinos.
D. José I foi o substituto de seu pai D. João V. Com o novo monarca começou a brilhar um novo astro no céu lusitano. Foi o famoso Sebastião José de Carvalho, conde de Oeiras e marquês de Pombal. Durante o reinado de D. José foram quatro os acontecimentos mais importantes: 1º) O terremoto de Lisboa em 1755, sendo a cidade metropolitana reedificada à custa do ouro brasileiro; 2º) a expulsão dos jesuítas em 1759; 3º) a luta e o esmagamento da aristocracia portuguesa; 4º) a revogação do tratado de