Capítulos da história social de São Paulo

Madrid, com a volta ao meridiano demarcador e com o tratado de El Pardo em 1763.

D. José I morreu em 1777, seguindo-se-lhe no trono sua filha D. Maria I, que se havia casado com seu tio D. Pedro. Com D. Maria verificou-se a reação da nobreza esmagada contra o marquês de Pombal. Foi revogado o tratado de El Pardo e restaurado o uti possidetis pelo tratado de Santo Ildefonso, que tem a data de 1777.

D. Maria I, porém, foi muito infeliz. Perdeu o marido e depois o filho, o infante D. José, que deveria suceder-lhe na coroa. Com esses golpes perdeu a razão e foi-lhe imposta uma Regência, exercida pelo seu segundo filho, o príncipe D. João.

Este, à frente da corte, em novembro de 1807 embarcou com 15 mil fidalgos fugindo dos soldados de Junot, chegando ao Rio de Janeiro nos primórdios do ano seguinte. Só em 1815 o Brasil foi elevado à categoria de Reino unido com Portugal e Algarves. Veio a falecer D. Maria no ano seguinte, sendo o príncipe regente coroado com o nome de D. João VI. Este reinou dez anos, pois faleceu em 1826.

Em 1820 teve D. João os seus poderes absolutos cerceados pela revolução vitoriosa que convocou a Assembleia constituinte, a qual se reuniu em Lisboa em 1822 e que fez D. João VI voltar para Portugal em 1821.

No ano seguinte o Brasil desligou-se de Portugal pelo laço político, pois a ele ainda está preso pelos laços afetivos e linguístico, além do parentesco existente entre os dois países.

FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE PORTUGUESA

Pode-se afirmar que Portugal, ainda no berço, sob o cetro da dinastia de Borgonha, atravessou a sua idade heroica, essa época medieval em que o feudalismo, o músculo e a arma branca, o esforço individual e o denodo nos prélios imperavam, formando as suas camadas sociais, estratificadas

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