História da queda do Império 1º v.

e a urbanização; as guerras externas; a imigração e o desenvolvimento populacional; a evolução da cultura humanística para a técnica, e tantos outros. Cumpre não esquecer, com efeito, que as próprias instituições constitucionais passaram da Regência do príncipe para o reino; deste, para o Império autocrático e em seguida constitucional; deste, para as Regências Trina e Una e, desta, para o Império parlamentar. Os historiadores que falam, assim, em uma espécie de pax brasiliana sob a Monarquia, contrastante com a agitação republicana, passam por cima dos fatos sociais e institucionais e demonstram apenas o seu preconceito pró-monarquista ou antirrepublicano. De qualquer forma, a experiência dos 81 anos de Monarquia, por mais agitada que fosse, não supera, no particular, a dos 75 anos de República. É justificável, portanto, que a bibliografia do regime atual seja comparável, a esta altura, tanto em extensão quanto em importância, àquela dedicada ao passado regime.

Ainda mesmo sobre um aspecto limitado, como o da fase crucial de transição que compreende, a um só tempo, a queda do Império e a proclamação da República (e este aspecto constitui a matéria do magistral estudo de Heitor Lyra, que tenho a honra de prefaciar), não são poucas nem despiciendas as obras impressas existentes, a ele dedicadas ou que com ele tenham estreita relação.

Ainda agora, antes de iniciar a redação destas páginas, procedi junto das minhas estantes a uma pesquisa rápida, naquela espécie de passeio sem compromisso junto às fileiras de livros, que Montaigne considerava salutar ao espírito. E, apenas sobre o tema da queda do Império e instalação da República, recolhi a lista naturalmente muito incompleta de títulos e autores que passo a fornecer.

História da queda do Império 1º v. - Página 12 - Thumb Visualização
Formato
Texto