Parece que sua presença a bordo não agradou ao grupo cortesão que acompanhou os reais exilados. Contudo, é certo que Rebouças acompanhou sempre o Imperador, e com ele foi para Cannes. Afastou-se, porém, pouco depois e, dispondo de pequenos recursos, foi para a Ilha da Madeira, onde um dia se atirou ao mar.
Ele era amigo íntimo de Conrado Jacob de Niemeyer, antigo negociante, que muito ligado a Paulo de Frontin foi seu constante e dedicado companheiro na administração do Clube de Engenharia e na Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil.
Chegada aqui a notícia da morte de André Rebouças, quis Conrado Niemeyer, que era seu procurador, promover os termos do inventário de seus pequenos haveres e eu, que era advogado da Empresa de Melhoramentos, como, pessoalmente, de Niemeyer, fui encarregado desse trabalho forense.
Instaurado o inventário foi expedida uma carta rogatória às Justiças da Madeira, solicitando a arrecadação e remessa para cá dos objetos que Rebouças tinha consigo; e aqui recebemos poucos meses mais tarde duas enormes malas.
Foram elas levadas para o escritório da Empresa, então à Rua 1.° de Março. Estive presente ao ato de abertura dessas malas. Nelas havia alguma roupa, muito papel escrito, em tiras, mas em completa desordem e baralhamento, e muitos livros. Por essa ocasião, meu saudoso amigo Conrado Niemeyer pediu-me que escolhesse um livro, como lembrança do caro morto, e eu,