Resolvida a questão da maioridade, pacificadas as províncias em que a ordem fora subvertida, consolidado o regime representativo, com o predomínio do Parlamento na direção política do país, tudo contribuía para que a vida pública entrasse em período de calmaria, sem surtos de paixão popular, e se viesse a concretizar o ideal que de há muito se esboçava de concórdia e de congraçamento entre os elementos políticos, em benefício dos interesses superiores da nação.
Estreara Justiniano quando se debatia a questão da maioridade, capaz de exaltar os ânimos e provocar uma agitação perturbadora dos rumos traçados à marcha normal do regime. Mas a súbita solução do problema, pela brusca antecipação da idade fixada para Pedro II cingir a coroa, fez com que se processasse de forma incruenta uma revolta capaz de abalar os alicerces da monarquia. A Regência desaparecia num passe de mágica e o país entrava na normalidade do governo partidário, que a sabedoria do Imperador levaria sem sobressaltos maiores durante cinquenta anos de reinado. O Poder Moderador funcionaria como válvula de segurança para o escape do descontentamento da opinião pública, ou qual mola de seguimento para corretivo dos desgastes do poder. Dominava o cenário nacional a figura austera, patriarcal, de Pedro II, e os dois partidos, tão parecidos em ideias e homens, iam-se revezando, serenamente, no leme do Governo.
Vitorioso o Partido Liberal na campanha contra a Regência, apoiado pela opinião pública, para que se antecipasse a maioridade de Pedro II, Justiniano, ardente defensor, na imprensa, do dispositivo do Ato Adicional inquinado de inconstitucional, viu-se diante do fato consumado que foi a súbita elevação ao trono do imperador menino e teve a nobreza de conformar-se com a derrota, em artigo justificativo de uma atitude ditada patrioticamente pelo bem público. Em 28 de julho escreve n'O Brasil um artigo explicando a posição do jornal em face dos acontecimentos. Diz: "A maioridade do Senhor D. Pedro II é pois um fato consumado; dando lições de lealdade e patriotismo aos homens que conquistaram o poder nas praças públicas, nós o aceitamos não por medo, que