diária do jornal, Justiniano define O Brasil: "folha pronunciada de um partido político, folha que em todas as questões que surgem tem uma opinião, sobre todos os indivíduos um juízo, que para todas as queixas dos brasileiros acha eco de simpatia, contra todas as opressões um grito de indignação".
Em 17 de novembro de 1849, deixou O Brasil de ser publicado diariamente, para voltar a circular apenas às terças, quintas e sábados. A luta de Justiniano era cada vez maior para manter o jornal. Em 18 de dezembro, confessa-se, em nota publicada, entregue às maiores aflições, agravadas pela morte de um filhinho, enfermidades na família, desorientação de espírito.
Ainda assim, em meio das maiores dificuldades e tormentos, Justiniano manteve o jornal por mais um ano.
Em dezembro de 1850, Paulino escrevia a Firmino Silva: "O Rocha cessou a publicação d'O Brasil. Não sei bem porque, e há tempos que não o vejo. Senti que ele, que nos ajudara escrevendo contra o tráfico, mudasse depois, escrevendo contra o que os traficantes chamam reação, como se fosse possível dar algum passo contra o tráfico sem excitar o clamor de tantos interessados".
De fato, Justiniano suspendera a publicação d'O Brasil, anunciando a sua decisão em nota de 7 de dezembro de 1850 e alegando ser a isso levado por circunstâncias imprevistas. Na mesma folha anuncia a venda da tipografia do jornal, que foi comprada por Luiz Antônio Navarro de Andrade, antigo diretor da Sentinela do Povo e de outros periódicos.
O Brasil voltou a circular sob a responsabilidade do novo diretor, mas já não era o mesmo jornal, muito embora a declaração divulgada de que continuaria a orientação traçada por Justiniano e tão brilhantemente defendida em dez anos de publicação. Em 2 de junho de 1852 desaparecia de vez de circulação.
Mas a Justiniano não era fácil viver fora do jornal, sem a tribuna em que se sentia à vontade e com estímulo para a sua ação na vida pública, pois a do parlamento pouco o atraía. Por isso, em 14 de julho de 1852, surpreendia ele os seus antigos