Este livro é o de um leitor. Leu os primeiros livros de Eça de Queirós, encontrados na estante do irmão mais velho, com dez ou 12 anos. Não se pode propriamente dizer que a leitura tenha sido clandestina. Mas também deve ser reconhecido que não foi autorizada nem proclamada.
A admiração não desapareceu com o tempo. O leitor de alguns livros se tornou leitor de toda a obra. Passou a colecionador não só do que Eça escreveu, como do que se escreveu sobre ele. Ao correr da leitura, anotações se foram acumulando. E, como o leitor é brasileiro e carioca, as notas se encontraram, de preferência, orientando quanto às ligações da vida e da obra de Eça com o Brasil e o Rio de Janeiro.
ARNALDO FARO