As Minas Gerais e os primórdios do Caraça

conteúdo e densidade aproximados, e ambas se completando e se articulando estreitamente.

A Primeira Parte é a colocação horizontal e panorâmica das Minas Gerais do século XVIII, sob o ponto de vista de sua história política, social, econômica, cultural e religiosa, como o natural back-ground onde se irá desenrolar a ação do Irmão Lourenço de Nossa Senhora, através de sua obra do Hospício da Serra do Caraça. Divide-se essa primeira parte, de fundamentação cultural e informadora, em cinco capítulos: o I — As Minas Gerais do Século do Ouro — vale como a iniciação propedêutica, introdutória, ao locum geográfico e cultural setecentista, devidamente amanhado e adubado pelo insensato esforço do rush aurífero para as sementes da renovação espiritual; II — A Religião e o Clero nas Minas Gerais Setecentistas — estuda o sentimento religioso das gentes da era da mineração, assim como o clero paroquial do tempo, aquele clero frouxo e insubordinado, do qual haveriam de avultar as figuras exemplares formadas por D. Frei Manuel da Cruz, em seu Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte; III — A Igreja Mineira e a sua Hierarquia no Século XVIII — apresenta um quadro sucinto da situação jurídica da Igreja Luso-Brasileira — a expressão "Igreja Mineira", "Igreja Luso-Brasileira", tem aqui significação apenas geográfica — e da Hierarquia eclesiástica mineira no século I de sua colonização, com um exame da atuação dos Bispos de Mariana, dos Vigários Capitulares e do Cabido Marianense; IV — A Crise dos Costumes no Século I — destaca a confusão espiritual, moral e material dos aventureiros buscadores de ouro, durante todo o primeiro século da colonização, que semente os freios de uma rígida censura religiosa poderiam sopitar; e o V — Eremitas e Santuários — focalizando os indícios da vida eremítica nas Minas Gerais, como a expressão viva

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