As Minas Gerais e os primórdios do Caraça

com o auxílio do Sr. Darcy Damasceno, resultou mais compensadora; por outro lado, as entrevistas obtidas com os Drs. Afonso Pena Júnior e Joaquim de Sales, venerandos ex-alunos do Colégio do Caraça, ofereceram sugestões de alto conteúdo humano ao nosso trabalho. O mesmo iria acontecer na colheita do depoimento do Dr. Tito Lívio da Silva Pontes, de Monte Santo de Minas, um dos preclaros remanescentes da tradicional Escola. Já de volta para Assis, detivemo-nos em São Paulo, primeiro para estarmos com Mons. Manfredo Leite, outro respeitável filho do Caraça, e depois para estudarmos nas Bibliotecas Municipal, do Colégio São Luís, do Mosteiro de São Bento, do Instituto Histórico e Geográfico e do Convento dos Franciscanos. E procedemos ao levantamento, à base de microfilmes, de interessante material bibliográfico e documentário na Biblioteca da nossa Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi-nos muito útil o contato que mantivemos com o abalizado historiador Embaixador José Carlos de Macedo Soares, em cuja Biblioteca tivemos ensejo de trabalhar com muito fruto.

Sendo-nos impossibilitada a viagem de estudos a Portugal, que reputávamos imprescindível, mas que não se deu por falta de verba, segundo comunicação do Ministério de Educação e Cultura, mantivemos correspondência com o Dr. José Maria Mendonça Cortez, erudito português, que dentre seus labores científicos tem reservado um empenho notável em desvendar o segredo das origens do Irmão Lourenço de Nossa Senhora; com as autoridades eclesiásticas de Lamego, de São João da Pesqueira e de Nagoselo do Douro, em Portugal; e com elemento especializado em documentação, junto aos Arquivos vaticanos.

Dado o seu delicado estado de saúde, não foi solicitada ao Pe. Pedro Sarneel, C. M., Arquivista Geral da

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