Confiantes, pois, naquela mesma generosa relevância, escrevemos as páginas que seguem a estas. Vão repassadas de gratidão e homenagem sincera a todos os ilustres descendentes e representantes de Dom Marcos de Noronha e Brito, VIII Conde dos Arcos de Val de Vez e último Vice-Rei do Brasil.
Ernesto Renan, com todo seu facciosismo, escreveu em Averroés et l'Averroïsme que "il ne faut demander ou passé que le passé lui-même", e ainda nesse Prefácio: "l'histoire politique s'est ennoblie, depouis qu'on a cessé d'y chercher des leçons d'habilité ou de morale." Nesse caso melhor acompanhados estaríamos por Thierry que apenas entende a história narrativa. Facilmente cairíamos no "romance" ou na "história-romance" que é a tendência fácil destes últimos tempos agora batida em brecha pela feliz reação do legitimismo histórico. Para Michelet a história é a ressurreição, e para Guizot a análise. Realmente revive-se a história, ressuscitando os personagens, os ambientes e todo o conteúdo histórico. Mas, o historiador, para ser bom juiz, deve fazer a reconstituição histórica com todas as suas características sem a mínima adulteração. Da "ressurreição" vem a "narrativa" e desta a "análise". Para analisar é preciso examinar, meditar, filosofar. É a filosofia da história. E dela tiraremos ensinamentos, pois a história, diz Leão XIII, "luz da verdade e testemunho dos tempos, se retamente consultada e diligentemente examinada, ensina". E se ensina "é a mestra da vida" no dizer de Cícero. Estaremos longe deste vazio conceito de Renan: "l'intérêt de l'histoire philosophique réside moins peut-être dans les enseignements"