O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

"positifs qu'on en peut tirer que dans le tableau des évolutions successives de l'esprit humain". Que significa esse "quadro das evoluções sucessivas do espírito humano"? - Nada. Fantasmas que passam; deleites sensíveis; simples divertimento...

A história vale pelo seu valor crítico, logo, interpretativo. Antero de Figueiredo no "introito" ao seu Dom Sebastião, prefere uma definição romântica: "filosofia da história! Mal por mal, antes Poesia da história." Como a poesia poderia lançar-nos na literatura, "preferimos" entender a "poesia" como vaticínio, aviso e previsão, ensino. Lição, em suma. É verdade que a poesia entra na história pelo aspecto narrativo. O historiador deve também ser um artista como expositor, não esquecendo que é também um letrado. Sem dúvida estes aspectos serão repreensíveis neste livro, mais apegado ao aspecto crítico e interpretativo. É um livro sincero, amoroso da verdade. Nele, do seu autor nada há de subjetivo; antes é o exame objetivo da questão que se propôs estudar: um episódio da vida de um estadista - o Conde dos Arcos e a revolução de 1817. Trata-se de política, e, pois, deve esta política ser encarada segundo os princípios que moviam os inimigos dos detentores do poder em Portugal e Brasil no ambiente universal ao tempo do Conde dos Arcos. Renan, nas "Questions Contemporaines" disse que "la politique ne comporte guére la haute impartialité de l'histoire; la prétention à l'infaillibilité, si blessante aux yeux de la critique, est comme une réponse obligée à la morgue hipocrite des partis." (página 3) É uma verdade que se constata muito a miudo entre os historiógrafos que tomam o

O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817 - Página 18 - Thumb Visualização
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