Espanha, a esse tempo já minada pelo vírus da revolução. Os sessenta anos de dominação espanhola até à aclamação do novo Rei, geraram a independência dos súditos e leve espírito democrático, que as ideias da época ajudaram a consolidar-se. No século XVIII, porém, as tendências revolucionárias avolumam-se; manifestam-se com violência em 1789 com a bernarda maçônica de Tiradentes nas Minas-Gerais - confirma-se que as revoluções se manifestam justamente nos lugares onde o ouro abunda para daí seguirem o seu caminho. Sem dúvida não é nessa data que a revolução começou no Brasil: manifestou-se aí, mas já existia em potência e mesmo em ato, pois não seria por um golpe de mágica satânica que o motim explodiria inesperadamente. Muito ao contrário, era já esperado. Novo surto teria lugar em 1792 na Bahia, e teria ido mais longe se mais tarde a vinda da Família Real lhe não atenuasse a violência.
Todas essas revoluções tiveram espírito republicano. E é notável que a ideia republicana só vem ligada aos princípios maçônicos e estes não se coadunam diretamente com os princípios do legitimismo monárquico, isto é, das monarquias que não traíram sua mãe, a Igreja Católica, porque as que se aliam à seita já são repúblicas e de monárquico só têm o aspecto. Explica-se esse fato porque, sendo a república uma forma de governo fraquíssima, propriamente na república não existe o princípio de autoridade, pois, ligando-se esta, pela escolha, aos princípios liberais, - que de orgulho enfunam os povos, deseducando-os, tornando-os egoístas e anarquizando-os - pela ignorância dos segredos políticos