O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

padres seriam instrumentos da maçonaria e promotores da grande "questão religiosa" que abalou o Império levando-o à ruína. Mas não nos admiremos: estava-se na era romântica, e o Brasil, pátria de poetas, precisava estreá-la com um grande drama. O remédio está em esclarecer os espíritos transviados firmando-os, para o futuro, nos legítimos princípios de ordem político-social pois "é no espírito que o mundo está ferido e no espírito deve ser curado", afirma insigne sociólogo brasileiro. Melhoremos os homens, e as instituições revolucionárias desaparecerão entrando a vida no seu ritmo natural. Se os homens estivessem bem orientados, não haveria revoluções, não haveria repúblicas satânicas; haveria ordem, pois salvos os acidentes, as instituições geralmente são boas segundo os princípios que as animam. Se alguns padres foram os principais instrumentos da revolução, quão minorados na culpa se acham os leigos que dela foram vítimas! Causas profundas, erros ingentes deveriam ter-lhes deformado a inteligência.

2 - O Marquês de Pombal

Dom Marcos de Noronha e Brito, depois Conde dos Arcos, veio à vida numa época em que o mundo sofria mutações bruscas e trágicas. Nascera a 7 de junho de 1771 em plena ditadura pombalina, quando o terrível Marquês desenvolvia toda a sua atividade para substituir o antigo regime, - já em decadência depois do triste desaparecimento de Dom Sebastião em Alcácer-Kibir, - e jungido a tratados internacionais que tristes circunstâncias impuseram à nação

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