6 - O casamento do Príncipe Herdeiro - Membro da Academia das Ciências
Imediatamente ordenou Dom Marcos as medidas profiláticas indispensáveis ao caso, a fim de evitar o perigosíssimo contágio da peste, que Parral anunciava na mesma carta em que se referia à Princesa D. Leopoldina, vinda de Liorne para o Brasil a casar-se com o Herdeiro do Trono.
Esse casamento representava um novo grande triunfo diplomático de Portugal. Fazia-se magnífico enlace, ficando a Casa de Bragança em ótima situação perante a Santa Aliança. Não se feriam interesses internacionais e, além de tudo, colocava Portugal numa situação admirável entre as nações da Europa. Dom Pedro José Joaquim Vito de Menezes Coutinho, Marquês de Marialva, primo do Conde dos Arcos, fora o embaixador especial encarregado de pedir a mão da Arquiduquesa da Áustria, em nome de S. M. Fidelíssima para o Príncipe Dom Pedro. O pedido foi feito a 17 de fevereiro de 1817, pouco antes de estourar a triste revolução de Pernambuco. As festas dadas em Viena pelo embaixador de Dom João VI foram excepcionalmente extraordinárias, e custaram 83 mil libras esterlinas. Indescritível e maravilhosa, aquela festa de alta elegância repercutiu pela Europa inteira, como o maior acontecimento social do começo do século. A 3 de junho de 1817, o Marquês de Marialva embarcava com a Princesa Leopoldina acompanhada do Conde de Louzan, do Conde de Penafiel, das suas camareiras a Condessa de Huembourg, a Condessa de Barentheim, a Condessa de Londron, do Barão de Marshall, de vários