O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

soube conduzir-se tão sagazmente que, em pouco, estribado no êxito dos seus esforços reconstrutores e na férrea disciplina instituída, inaugurava o Absolutismo. Restaurando Lisboa destruída pelo terremoto, ao mesmo tempo introduzia um terremoto perpétuo na vida do Império Lusitano.

Que segredo terrível encerravam as reformas de Pombal?

Hoje, não há mais dúvidas acerca da tremenda luta espiritual entre cristãos e judeus. Não é luta de raças, como pretendem os escritores materialistas, mas de raça aliada ao espírito, e como é o espírito que orienta a raça, a luta, pois, é espiritual e não racial. A raça é talvez uma característica para distinguir os adversários. O Sr. Mario Saa - que, aliás, participa da ideia de "luta de raças"- diz no seu erudito trabalho, A invasão dos judeus, à página 109: "dum lado os libertários cristãos-novos, e de outro os reacionários cristãos-velhos!" Assim suavemente se transitou da inimizade religiosa à inimizade política; a divergência das raças era o único fator da guerra civil. Já em 1674 os Procuradores do Reino escreviam ao Papa chamando aos judeus "entes com figura humana e ânimo de fera, inimigo comum, peste pública, fautores da Guerra Civil".

Escrevia alguém por esse tempo, entre raivoso e desanimado: "Diabólica obstinação da perfídia judaica crescer com a repugnância e multiplicar com a oposição..."

"Em outubro (sempre o mês das prosperidades judaicas) do ano de 1674, suspende o Papa as funções"

O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817 - Página 30 - Thumb Visualização
Formato
Texto