O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

"oportum et importune porque é de absoluta necessidade; Já se poz outro dia uma proclamação dizendo que não queriam constituição mas sim confederação. Veja se póde salvar a este seu amigo do purgatorio.

Deste seu amigo

(ass.) Pedro"

Essa carta mal e nervosamente escrita, mostra como podia a palavra do Conde dos Arcos e a confiança que o monarca e o Príncipe nele punham. Dela vê-se que perspectivas negras se aproximavam do Brasil. "Não querem constituição mas sim confederação". Isto é, além do liberalismo, o separatismo. Trata-se da dissociação, da anarquia de que só o Trono, com a Independência realizada pela espada de ferro do Príncipe Herdeiro, salvaria o Brasil. Foi a Monarquia que manteve a unidade nacional.

O Conde dos Arcos era pela permanência do Príncipe Herdeiro no Brasil, já que o Rei não poderia ficar; era impossível. Uns pretendiam que para lá fosse enviada a filha mais velha de Dom. João VI; outros, que o Rei ficasse e o Príncipe Herdeiro fosse; outros, que o Rei fosse e o Príncipe ficasse. Para o Conde dos Arcos, a ida de Dom João VI não parecia a melhor solução, pois a revolução que se projetava no Brasil vinha em grande parte de Lisboa, com o intuito mesmo de ser feita a independência através do bairrismo triunfante e que daria azo às manifestatações do internacionalismo imperialista realizando a Independência do Brasil.

O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817 - Página 304 - Thumb Visualização
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