corporativa, orientada pelo chefe natural das produções, que é o Rei assistido dos seus conselhos que derivam das forças nacionais, logo, dessas mesmas produções. Tratava-se de se romper esse sistema, por onde o advento do liberalismo político, para facilitar o liberalismo econômico; aquele, sustentado pelas revoluções, das quais, a de 1789 fora o rastilho, a de 1817 seria uma arrancada tremenda, e a Independência, o golpe decisivo que, contudo, a Monarquia neutralizara nos seus péssimos efeitos.
A revolução de 1817, pois, tem um caráter que não é considerado pela maioria dos historiadores: o de revolução econômica judeu-maçônica imperialista, que, sob a capa de república e o sentimento da Independência, vinham turvar a visão das realidades. Hoje, que o liberalismo agoniza, e os povos, em parte, parecem algo avisados, já às revoluções não se lhes tira caráter próximo de reação econômica. Desarticulada a vida econômica do Império Lusitano, poderia a Monarquia Portuguesa, - que não fora derrotada na Europa pelos exércitos do maçônico napoleônico - perder no Oriente os seus Domínios, e, no Ocidente, a mais próspera das suas Províncias Ultramarinas. Havia unidade de vistas na economia do Império Lusitano, e tudo obedecia a um plano geral que, falseando numa parte, haveria de prejudicar o todo. Realizava-se o que se chama hoje economia dirigida. Portugal, na Europa, colocava os produtos do Brasil, fixava os preços, adquiria mercados, missão a que estava destinado pela sua situação no continente europeu. Com o advento da Família Real para o Brasil, um dos primeiros cuidados foi a abertura dos portos, medida perigosíssima mas que se