O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

"que aquela". Nem era possível havê-la: os hebreus, judaizantes ou católicos, olvidados ou agarrados às tradições, tinham entre si uma enorme coesão; desta maneira, em Portugal, não havia oportunidade para mais apartações sociais ou políticas: cristãos-novos dum lado, cristãos-velhos do outro. O livro Sentinela contra Judeus (ed. 1732, capítulo IX), em referência à conhecida coesão entre os cristãos-novos, define um vocábulo: "... porque entre os marranos ou marrões (que em Portugal quer dizer porcos), quando se queixa algum deles todos os demais acodem a seu grunhido, e como assim são os judeus, que ao lamento de hum acodem todos, por isso lhe darão título e nome de marranos"(os judeus de sinagoga são "marranos"- do hebreu Maranatha, o Senhor que vem - para diferençarem sua crença fingida na divindade de N. S. Jesus Cristo).

Eis explicado o segredo das reformas de Pombal, o marquês maçom e judaizado, o reformador, contra as tradições eternas de sua pátria. Abolia as distinções de raças porque cada raça tinha sua mentalidade, seu espírito, sua formação: em suma a sua religião, e segundo a religião entendiam esta ou aquela ordem social, política ou econômica.

3 - As reformas pombalinas

Dir-se-ia que a revolução de 1789 em França nada mais foi que uma repetição muito ampliada do que o célebre Marquês realizou em Portugal?

É que a França também tivera o seu Pombal ao tempo de Luís XV, e tudo obedecia a um plano

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