O Conde dos Arcos e a Revolução de 1817

lado do maçom Verney, já arcediago da Sé de Évora e cavalheiro de Cristo, formavam o judeu Ribeiro Sanches, os maçons frei Cénaculo, de tenebrosa memória, o congregado Francisco José Freitas e outros. A 23 de dezembro de 1770, sazonados os frutos derivados da semente lançada por Verney, era criada a "Junta da providência literária" da qual este e seus comparsas foram membros ao mesmo tempo que planejadores dos novos Estatutos da Universidade de Coimbra que reformaram, como as demais universidades existentes no Reino, sob os princípios evolucionistas.

É desse individualismo sectário e grosseiro que mais tarde nasceria a revolução individualista, liberal, democrática, maçônica de 1817 em Pernambuco, filha espiritual dos seminaristas de Olinda ilustrados segundo os Estatutos de Coimbra reformados por Pombal. Não cogitamos aqui de negar o valor daquela plêiade "estrangeirada". Ricardo Sanches, como médico; Frei Cenáculo, o Padre Figueiredo e outros, possuíam cultura notável, mas deformada por erros filosóficos e pelo judaísmo que ora dominava o Estado preparando a república. Crítica mais acerba merece a intenção satânica de Pombal e seus sequazes em destruir, pelas consequências que das reformas adviriam, o nacionalismo português, que, depois, rolaria para o liberalismo materialista do século XIX em aparente represália ao absolutismo pombalino. Abismo, abismo invoca. Desvirtuado o espírito, estava realizada a revolução. Observe-se a influência perniciosa que então tiveram os judeus, os cristãos-novos, como Jacob de Castro, Ribeiro Sanches, e tantos, tantos outros. Daí a ânsia de Pombal de tudo

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