"certa quadra do ano. O selvagem continuava com sua vida errante, não era constrangido nesta primeira de suas necessidades; o jesuita tirava partido, fazendo-o trazer productos do matto. Foi assim que se crearam as industrias extracteis, que tanto incremento tem tido no Pará, onde representam hoje um valor de exportação superior a 10.000:000$000 por ano".
O alvará de 19 de setembro de 1761 proibia o transporte de negros escravos do Brasil para o Reino, mandando que "a todas, e quaesquer pessoas, de qualquer estado, e condição, que sejam, que venderem, comprarem, ou retiverem na sua sujeição, e serviço, contra suas vontades, como escravos, os pretos, ou pretas, que chegarem a estes Reinos, depois de serem passados os referidos termos se imponham as penas, que por Direito se acham estabelecidos, contra os que fazem carceres privados, e sujeitam a Cativeiro os homens, que são livres". Faziam-se livres os pretos e índios (e em que sentido se libertavam os índios!) para se aprisionar e escravizar os nobres com o intuito completo de subverter toda a ordem social e escravizar todos à tirania anônima das seitas.
O mais escandaloso da administração de Pombal é o decreto facilitando carta de naturalização aos estrangeiros de "certas classes"... O nacionalismo desaparecia, com o decreto de 2 de junho de 1762. Em 10 de setembro de 1765, abolia as frotas e esquadras para o Brasil, declarando livre a navegação. Assim, "estrangeirizava-se" a navegação, pois a preferência na carregação das frotas dos navios fabricados no Brasil resumia-se conforme o alvará de 12