de novembro de 1757, a isto: "ordenando, como por este ordeno, que todos os navios, que forem fabricados nas Capitanias do Rio de Janeiro, Baía, e Pernambuco, ou Paraíba, sendo pertencentes a Proprietarios moradores nos mesmos Portos, sejão sempre compreendidos na preferencia para a respetiva navegação de cada hum deles; e sendo de proprietarios de fóra, que os mandem construir aos mesmos portos, somente gozarão da preferencia na primeira viagem, que deles fizerem para este Reino". Ora, sabe-se que os principais armadores de navios eram cristãos-novos... Os outros gozavam a preferência de "primeira viagem".
Entremos na intrincada questão dos cristãos-novos.
O que se depreende de todos esses decretos niveladores pelo aniquilamento da Nobreza, expulsão dos jesuítas, liberalidades gerais, é o intuito claro de Pombal introduzir na sociedade, nos cargos políticos e interditos, aqueles que, por convições filosoficas, por religião, por intuitos, definidos fossem contra a ordem nacional em toda sua extensão. Introduzia na sociedade aqueles que se declaravam inimigos dela para dominá-la a seu sabor, segundo o seu modo de conceber a vida e os meios dela.
Recorramos ao execrável alvará de 5 de outubro de 1768 pelo qual se proíbe a seita dos "puritanos" em Portugal. Diz o documento que, revendo "o compromisso que em 20 de dezembro de 1663 se formou para o governo da Confraria da Nobreza que antes se tinha levantado para a expiação do desacato que na noite de 15 para 16 de janeiro de 1630 se havia cometido na sacristia da Freguezia de Santa Engracia." -