"civil e na união Cristan como as referidas; mandei que todo o acima determinado se reduza a este alvará secretissimo o qual não descerá a Tribunal algum nem à Chancelaria, mas antes pelo contrário ficará oculto nos lugares mais reconditos dos arquivos do Conselho de Estado e da Secretaria de Estado dos quais não sairá nem se comunicará a pessôa alguma que não sejam os que nela se achem declaradas."
Eis aí toda a hediondez desse atentado contra a Raça. Pombal receava a justiça pública, a justiça do mundo, a justiça da Igreja. Escondia o instrumento do crime; escondia as gotas de sangue. Condena-se perante toda a posteridade por crime tão inqualificável a que um Rei desvairado e coacto, perdida a ordem tradicional do Estado, sem convocação de cortes, sem ligação direta com seu povo, se associava levado pelo espírito da época. A Monarquia baqueava; a constituição esboroava-se, a Nação estiolava-se. A Realeza em Portugal tinha ficado para além das linhas de Alcácer-Kibir. O Rei-Esperado não aparecia. Estava-se em república; inaugurava-se o liberalismo. A orgânica do Estado estava morta. Um século depois a Nação estaria em ruínas.
5) "Mando que para a bôa e decente execução de tudo o que tenho neste ordenado sejam os sobreditos cabeças de famílias puritanas oportunamente chamados à Secretaria de Estado dos Negocios do Reino e que néla lhes seja lido o presente alvará desde a primeira até a ultima palavra, de sorte que bem fiquem compreendendo o contido nêle e que ante ésta específica e significante comissão sejam obrigados a assinar na mesma áta os termos"